faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Extractos de “dias incomuns” ou de “dias primeiros” (se ainda estivesse a escrevê-los) - 3

05.04.09 - 2
O camarada veio buscar-me. Como combináramos.
Um jovem. Que bom! Já nos conhecíamos, vagamente, de outras iniciativas. Conversando, atravessámos o concelho de Almada e passámos a fronteira para o concelho do Seixal. Logo ali, em Miratejo, na delegação da Junta de Freguesia de Corroios.
A sensação de ter avançado muitos, muitos anos. De luta.
A vida faz-se assim. Ora nos recordamos do passado, ora encontramos sinais do futuro por que lutamos. Dizendo-nos sim, é possível. Sempre a luta.
Começámos por temer um insucesso. Domingo, uma tarde de sol a convidar para passeios pelos espaços em volta, que dá gosto ver na passagem, ou, mais longe, pelas praias perto.
Mas foram chegando. Desde a Alice de 5 anitos, viva, esperta, atenta a tudo, até aos de idade de serem avós de Alices ou de netos bem mais adiantados na idade.
E jovens. Na origem da iniciativa, e tudo fazendo para que tudo estivesse em condições de funcionar. Agradavelmente, e com todos os meios que apenas perguntados se existiam foram conseguidos com algum esforço. Power-points e essas coisas.
E foi a sessão, com as habituais intervenções de introdução – foi a primeira vez que estive numa destas com o camarada Zé Lourenço, e parece-me que nos completámos bem – e o debate, os comentários, as perguntas, a vida a vir para a mesa.
Ali estivemos, Mais de vinte. Com pena de não sermos centenas. Mas foi bom. Valeu a pena. Como vale sempre.
Depois, um casal jovem, muito simpático, deu-me boleia até Sete Rios, ao terminal da Rodoviária. Muito conversámos pelo caminho. Sobre Sociologia e o mestrado que ela está a fazer, sobre informática e o trabalho dele na IBM. Gostaria de ter continuado a conversa.
No autocarro, adiantei um pouco o sono porque o desconhecido parceiro de viagem me pediu, com bons modos, que não acendesse (ou que apagasse) a luz que me permitia ler, trabalhar.

1 comentário:

Maria disse...

Terá sido um fim-de-semana em cheio.
E afinal, no regresso, "descansar é preciso"...

Até amanhã, aqui.