faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Papel rasgado

Encontrado no meio de papeis a rasgar (um de cada vez...), e que talvez já esteja para aí em qualquer sítio:

Quando me falam em TAC
Logo acuso o toque
Dá-me uma espécie de crac
E sinto que vou a reboque

A reboque do que resta do SNS
Entre enxaquecas e constipações
Saltando o grito de SOS
Se a coisa pode ter complicações

terça-feira, 19 de junho de 2012

As conversas que...

A conversa com o camarada e amigo foi igual a tantas desde há tempos,
de camaradagem, amizade e inteira concordância no que não nos dizemos...

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Em o compadre

Um sobressalto de raspão:

Será que estou errado...
e esta é que é a human(a)idade?
Não pode ser!

Mais um canto... o do compadre

Mais um canto com toalhas de papel para nelas preencher cantos. A juntar a outros. Até perfazerem dez cantos lusidianos?
Este canto é o de o compadre, ao lado da casa do... Diogo!
Num recanto/bairro de Lisboa.

Já aqui vivi nas núvens. Que hoje carregadas estão. De raios e coriscos. Mas de que outra maneira poderia ser?
Que passem as tempestades, que não sejam mais que borrascas!

Todos nós precisamos de ajuda... e sentimo-lo. E alguns de nós têm a forte fraqueza de o dizer.
Mas a ajuda de que cada um precisa só pode ser do "outro", do "outro" que da nossa ajuda precisa.
E esquecemo-lo por tão necessitados de ajuda estarmos. Pelo que o "outro" fica sem a ajuda de que precisa... e nós sem ajuda ficamos.  

Está um bocado retorcido?
Queria fazer um desenho... mas tenho de aprender a técnica.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Assim se cumprem os dias

Assim se cumprem os dias,
uns atrás dos outros,
de carreirinho, todos iguais.
Todos com 24 horas,
todas elas diferentes.
Umas asSIM,
outras aNÃO,
outras ASSIM-ASSIM.

Assim se cumprem os dias,
uns atrás dos outros,
seguindo-se sem parar, todos diferentes.
Todas com 24 horas,
todas elas iguais.
Cada um, mais uma/menos uma,
numa soma que diminui,
sendo tantas
a caminho de não ser nenhuma.

Aproveitemos os dias,
aproveitemos as horas
vivendo todos os dias, todas as horas
que nos é dado viver.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Cantinho

Um homem é o que foi e o que outros o fizeram ser.
Tá dito!

Mais um canto enquanto almoço

Mais um canto, este em Fátima city em que posso sentar-me, refeiçoar-me e tomar uns aponta mentes em toalhas de papel. e este trata-se de um reencontro de vez em quando reencontrado. Desde que, há mais de 30 anos, um casal jovem, a razar os 20 anos, se meteu na aventura (antes desse coisa falaciosa do empreendedorismo... brrr!) de abrir um restaurante no Casal Novo, e começou uma vida que tem dado muitos saltos e sobressaltos. Familiares e de lugares vários. Abrantes, Ourém, agora Fátima. Adiante...
Aqui sentado, a comer lingua estufado que o sr. José lembra ser prato favorito da minha mãe (como as iscas...), sou cumprimentado carinhosamente pela Joana, a quem, muito miúda e há quase 30 anos, ofereci (e à irmã) a abelhinha da campanha eleitoral da CDU. A Joana, hoje uma senhora a ajudar o pai na actividade de restauração, agora em Fátima, que se lembra dessa minha oferta e que diz que a tem no seu quarto... Um almoço sem preço!

É curioso. Fátima é povoação que vive e cresce. Naturalmente. Para além (mas também por...) de "milagres" e sazonalidades a eles ligados. Ao fim e ao resto, anda sempre tudo ligado...
E Ourém? Ourém vê passar os comboios... em Caxarias e Chão de Maçãs. Parando cada vez menos. e com o IC9 ao lado. Também a passar ao lado.

Vejo como me observam. De outras mesas. Como o medo (de quê?) se transformou em admiração (em toda a sua ambiguidade), perguntando-me quando em respeito? A que me não sei dar...

Também observo.
Aquela jovem (professora?) que, pelo pegar no garfo e outras maneiras denuncia que é de "boas famílias" e deve ter andado em colégio de freiras. Tão só...
E observo os que me observam.
Choco os meus olhos com as rotundas barrigas conso(n)antes com as rotundas rodoviárias.Algumas tão recentes e tão efémeras.
E sorrio... para dentro das minhas, também efémeras, barbas brancas. Tão sábias por já tanto terem visto (desde 1968...)! 

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Fala do velho com os botões (das suas cuecas) - II

,,, qualquer dia chateio-me e, assim como vos substitui pelos "slips" (que não conversam nada...), troco-vos em definitivo pelas fraldas que são um velhíssimo conhecimento (de quando não eram descartáveis e exigiam alfinetes "munta grandes").

voltarei a ser criança!