faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Já...agora, digo-te hoje o que tantas vezes te tenho dito... mesmo quando não o digo em voz alta e (en)cantada



"Compañera"

Patxi Andion en "Encuentro de Música Popular"

Duerme sin fin compañera y no sepas lo que pasa.
Duerme tu hijo en el sueño. Duerme sin miedo y sin dueño.
Ayer me daban dinero parra comprar mi silencio,
Por eso mientras tu duermes escribo hoy estos versos.

Muchos piensan que arrendé a los que pagan mi canto.
No les daré desencanto, más les diré lo que di
A los que tienen la plata:
Mucho susto y mucha lata.

No me arrienda la ganancia de mi canto en los salones.
Ni tampoco las razones del que presume pureza.
A mí me infunden tristeza,
Los que juegan de santones.

Me han pinchado por todas partes y por todas partes
Me han criticado el grito. Otros me dan y yo quito,
La importancia a mi guitarra, que las mentiras desdeña
Y a mis verdades se agarra.

Bien señores: se acabó el tiempo del acomodo
Y les he dicho lo que pasa y he sentido. No se ofendan,
no hay motivo, más ninguno se haga el sordo
que todos antes me oyeron y hasta algunos aplaudieron
cuando he cantado al amor.

No se olviden que el dolor, no calla quienes lo hicieron.

No cantaré compañera sino a la carne y al hueso,
Y dejaré las razones a los que saben de eso.
No venderé mi guitarra, no la ganará el silencio, ni el interés,
Ni el desprecio, mi canto...mi canto no tiene precio.

Guarden su oferta señores, están perdiendo su tiempo.
No me importa que se ofendan,
Se equivocaron de tienda,

Porque aquí nada está en venta.

O 38º de... "estarmos juntos"


PARA BÉNS
EM TEMPO DE (DE)VOTOS

Já tinha sido Setembro e Festa no Jamor,
ainda era Dezembro e 1978,
estavam , os dois, a dois dias de acabar o ano
(… ou de começarem já, já que tudo acabava)
e muito acabava na Venda Nova, no Algueirão.
Foi a 29, sem telemóveis mas comunicando,
ela com 31, ele com frescos 43, fresquinhos os dois.
Livros, pataniscas e João Pires branco,
“começar de novo?” perguntado em papel deste[i].
… e desejos de bom ano novo à porta da Venda Nova

Já tinha sido Setembro e Festa no Jamor,
ainda era Dezembro e 1978,
onde ir eu passar o ano se ela fora a Ourém,
por acaso (?!) a casa amiga comum?

Estamos neste 29 de Dezembro,
em que se fazem 38 anos de estarmos juntos,
neste 29 de Dezembro de 2016 que será o 39º a nós

Vai um brinde?






[i] de toalha de mesa!

sábado, 24 de dezembro de 2016

Ao começar o 82º ano de vida... e não é ficção!

Por boca-a-boca amado, às 00:01 de 21.12.2016,
por facebook amigo, às 00:03
… e pelos minutos todos a correrem pelo dia fora
até depois das zero horas e zero minutos de 22 do 12
deste 1º dia do meu 82º ano devido à vida
(alguns retardatários, desculpando-se…),
por mais beijos e abraços
por mais frases e fotos do facebook,
pelo telefone (fixo e móvel),
por via escrita ou oral (por correio azul e doutras cores),
a pé ou a cavalo noutros meios internéticos e intranetos,
foram chegando mensagens de parabéns e correlativas.

A todas e todos queria, comovido, agradecer
a lembrança e as manifestações de quente ternura e amizade,
as ondas de carinho, as vagas de saudações/saudades.

Um a um,
uma a uma,
o queria fazer…
mas alguma ou algum escaparia
e injusto seria e não vou correr esse risco.

Obrigado a TODOS nos/pelos meus 81 anos de vida.


(… rebuscadito, dit-elle…)*
______________________
* - em pré-comentário 

sábado, 17 de dezembro de 2016

Coisas para a arca do velho

(...)

enCURRALado, com fundo de António Zambujo, numa agradável miscigenação “à portuguesa” de Brasil (Chico)-Cabo Verde-fado e cante:

Eu agrido-vos por não acreditar naquilo em que vós acreditais?
Vós agredis-me porque não aceitais que eu não acredite no que acreditais… ou imposto vos foi que acreditásseis!

Somos mais de 7 mil milhões de seres humanos viventes à Vossa imagem criados (dizem alguns…); de quantos milhares de milhões se esqueceu o vosso omnipotente e universal deus?

&-----&-----&


Temos todos em comum – embora em alguns de nós em recônditos esconderijos – a razão e a solidariedade, o afecto, o respeito pelo outro (que sou eu!...).

(...)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

digo/grito/luto

Observo os outros-que-eu-sou,
as gentes.
Incultas (ou acultas),
ignorantes (ou agnorantes)
e... tenho pena.
Sabendo o que podem saber
muito mais do que sei
(cultas, conhecendo)
indigno-me e digo/grito
luto!

Luto com as forças
(e fraquezas)
que tenho
(que são as minhas,
ainda!)

no microcosmos do Curral