faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Conjugação de verbos

ENSIMESMAR(-SE)

eu em mim mesmo (-me)
tu em ti mesmo (-te)
ele em si mesmo (-se)
nós em nós mesmos (-nos)
vós em vós mesmos (-vos)
eles em si mesmos (-se)

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Caminhante, caminhante, quem és tu?

No caminho para casa pós-almoço "encurralado", o caminhante, de olhos baixos, vendo as sapatilhas, uma após outra, a pisarem o pó da estrada e a levarem-no de volta a casa, perguntava-se:

Caminhante, caminhante, quem és tu?

Em vez de se responder o "ninguém" carregado de tragédia do romeiro garrettiano, o caminhante sorriu triste à lembrança e disse-se:


«Sou um des(en)graçado filho único que sempre lamentou sê-lo, que se sente órfão dos irmãos que foi ficcionando pela humanidade inteira, com tantos que o foram abandonando, por morte prematura (todas o são),  por outras razões (quase todas não-razões) ou por terem "falecido" antes de morrerem; sou um velho casmurro que continua, desespera(nça)do, na sua cisma, na procura da construção, com todos com que se cruza, a fraternidade futura.»

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

enCURRALadices

(...)

Ao almoço saíram “enCURRALadices”.

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«Enquanto almoço ou qualquer outra coisa que faça, penso… NÃO!: Penso enquanto almoço ou qualquer outra coisa que faça.»

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«Porque isto mais aquilo… está-se triste. NÃO!: Está-se triste (de maneira que nem tem jeito) e, se se quiser, procurem-se as razões, se as há ou se razões são.»

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«Dantes é que era bom… já não tenho dentes para "isto".»

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«Uma atitude burguesa? NÃO: uma postura burgessa.»

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«Não tive uma filha de que eu fosse…”o pai da noiva que a leva ao altar!”; tenho filhos que de mim não fizeram “o pai do artista, o pai de cientista, o pai do historiador, o pai do intelectual, o pai do”»