18.
Com o regresso dos jovens, os GNR sentiram-se acompanhados. Esperavam, um pouco impacientes, que chegassem outras e mais eficientes ajudas.
O Guarda-republicano insistia, pelo inter-comunicador, alertando repetidamente para a subida da maré. O Comandante irritava-se mas moderava a irritação com a percepção de que a situação poderia mesmo tornar-se grave. Pelo seu lado; também insistia com o Comandante dos bombeiros para que se apressasse e levasse o material necessário.
A chegada de um carro dos bombeiros fez algum alarido, e o Homem, lá ao largo, cada vez mais no meio do mar, apercebeu-se, vendo o vermelho da viatura batido pelo sol.
O Comandante dos bombeiros começou a dirigir as operações de salvamento, coadjuvado de perto pelo Guarda-republicano.
Alguns passantes na estrada passaram de curiosos a grupo de figurantes naquele espaço antes de ninguém. E foi preciso montar um cordão de segurança.
A situação não era fácil. Era indispensável que o Homem não entrasse em pânico, que não tentasse fazer coisas que pudessem prejudicar as operações. O megafone dos bombeiros era mais potente, e o vento mudara um pouco de feição ajudando a levar o som até onde ele estava.
De terra firme começaram a conseguir fazer-se ouvir, e o Homem correspondia com sinais de que estava a escutar as instruções. Sobretudo, muita calma, nada de impaciências. Se o mar lhe molhasse os sapatos que não se incomodasse. Eles estavam ali e conseguiriam ir tirá-lo daquela situação. Calma!
E de repente, na esplanada em preparativos de salvamento, irrompeu um carro que rompe o frágil cordão de segurança, e dele saiu uma equipa da televisão. Surpresa para os Bombeiros e GNR, que logo se aperceberam ter havido conluio com os dois jovens namorados.
Não era altura para tirar isso a limpo. Ficaria para depois. Por agora, antes de tudo, talvez pudessem reforçar a equipa de salvamento.
Antes de tudo, o Zé da TV queria “apresentar serviço”. Pôs-se à disposição dos bombeiros e dos guardas-republicanos para o que fosse preciso, mas começou logo a trabalhar para a reportagem.
Em ligação permanente com o estúdio, relatou a situação, exigiu tempo de emissão em directo, orientou os operadores de imagem e de som, começou a procurar colher depoimentos.
Quem era o homem? Que se sabia dele?
Do Guarda-republicano ouviu algumas informações, escassas, sem grandes pormenores, mas muito úteis… para começar. O Guarda-republicano quase teve de o sacudir de pé de si, impondo a autoridade fardada, lembrando-lhe que a prioridade era salvar o homem e não dar informação mediática sobre o caso.
O Zé da TV foi falar com os jovens, colheu imagens e depoimento, com grande colaboração da Rapariga e algum frio distanciamento do Rapaz. Ia juntando material e enviando. A preparar directos com impacto.
Entretanto, o operador de câmara ensaiava o maior zoom que podia usar, e começara a ter imagens do Homem lá ao longe mas que se aproximava dentro da câmara que podia transmitir e ganhar audiências.
Logo ali ficou dado o nome à reportagem, com o amadrinhamento da Rapariga, que primeiro o dissera: O Caso do Homem do Guincho!
O Guarda-republicano insistia, pelo inter-comunicador, alertando repetidamente para a subida da maré. O Comandante irritava-se mas moderava a irritação com a percepção de que a situação poderia mesmo tornar-se grave. Pelo seu lado; também insistia com o Comandante dos bombeiros para que se apressasse e levasse o material necessário.
A chegada de um carro dos bombeiros fez algum alarido, e o Homem, lá ao largo, cada vez mais no meio do mar, apercebeu-se, vendo o vermelho da viatura batido pelo sol.
O Comandante dos bombeiros começou a dirigir as operações de salvamento, coadjuvado de perto pelo Guarda-republicano.
Alguns passantes na estrada passaram de curiosos a grupo de figurantes naquele espaço antes de ninguém. E foi preciso montar um cordão de segurança.
A situação não era fácil. Era indispensável que o Homem não entrasse em pânico, que não tentasse fazer coisas que pudessem prejudicar as operações. O megafone dos bombeiros era mais potente, e o vento mudara um pouco de feição ajudando a levar o som até onde ele estava.
De terra firme começaram a conseguir fazer-se ouvir, e o Homem correspondia com sinais de que estava a escutar as instruções. Sobretudo, muita calma, nada de impaciências. Se o mar lhe molhasse os sapatos que não se incomodasse. Eles estavam ali e conseguiriam ir tirá-lo daquela situação. Calma!
E de repente, na esplanada em preparativos de salvamento, irrompeu um carro que rompe o frágil cordão de segurança, e dele saiu uma equipa da televisão. Surpresa para os Bombeiros e GNR, que logo se aperceberam ter havido conluio com os dois jovens namorados.
Não era altura para tirar isso a limpo. Ficaria para depois. Por agora, antes de tudo, talvez pudessem reforçar a equipa de salvamento.
Antes de tudo, o Zé da TV queria “apresentar serviço”. Pôs-se à disposição dos bombeiros e dos guardas-republicanos para o que fosse preciso, mas começou logo a trabalhar para a reportagem.
Em ligação permanente com o estúdio, relatou a situação, exigiu tempo de emissão em directo, orientou os operadores de imagem e de som, começou a procurar colher depoimentos.
Quem era o homem? Que se sabia dele?
Do Guarda-republicano ouviu algumas informações, escassas, sem grandes pormenores, mas muito úteis… para começar. O Guarda-republicano quase teve de o sacudir de pé de si, impondo a autoridade fardada, lembrando-lhe que a prioridade era salvar o homem e não dar informação mediática sobre o caso.
O Zé da TV foi falar com os jovens, colheu imagens e depoimento, com grande colaboração da Rapariga e algum frio distanciamento do Rapaz. Ia juntando material e enviando. A preparar directos com impacto.
Entretanto, o operador de câmara ensaiava o maior zoom que podia usar, e começara a ter imagens do Homem lá ao longe mas que se aproximava dentro da câmara que podia transmitir e ganhar audiências.
Logo ali ficou dado o nome à reportagem, com o amadrinhamento da Rapariga, que primeiro o dissera: O Caso do Homem do Guincho!
3 comentários:
O título do conto é muito sugestivo.
O (aparentemente) faz aumentar o suspense e torna o enigma permanente. Eu não consigo descortinar o final (aparentemente).
Campaniça
... e sabes?, é curioso porque eu também deixei de estar absolutamente certo de qual será o final. Tinha um novelo, peguei-lhe numa ponta, comecei a desenrolar e... tenho tido algumas durpresas. Não que tenha perdido o domínio da história mas, às vezes, ela faz desvios, mete-se por caminhos que só dela... e lá tenho eu de a ir "agarrar". Já não digo nada. Com esta "gente"...
Foi boa a vossa passagem. Soube a pouco! E desculpem a sonolenta sobranceria do sr. Mounti.
Abreijos
A entrada da tv aqui está muito bem "esgalhada". É com casos parecidos que nos vão tentando distrair...
Agora, o Homem volta sozinho ou têm mesmo que ir lá buscá-lo?
E depois?
E agora é só na quinta...
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