O automóvel é um “bicho” que nos ensina muitas coisas.
Apesar d’isto andar tudo ligado, vou tentar não baralhar os “blogs”, não trazer para aqui matéria lá do outro, aquele do “materialismo histórico”, e contar uma história ante(s)passada, embora esta estória pudesse bem ilustrar um episódio do tal blog onde ando a meter os pés pelas mãos, a tentar explicar porque é que tudo começou quando andar com as pernas e os pés nos libertou as mãos, e as mãos desataram a agarrar ramos e pedras e coisas assim que estavam… à mão.
Depois das pernas, foi a roda, depois da roda foi o motor, depois foi o registo da “invenção” (em 1883), e o ser humano começou a deslocar-se em cima de quatro pneus e com um tubo de escape de fumos…
Há muitos anos? Não, senhor. Isto digo eu… embora, a maioria e, sobretudo, para esses nascituros dados à luz numa ambulância à procura de maternidade, um auto-móvel seja, decerto, coisa que sempre existiu.
Apesar d’isto andar tudo ligado, vou tentar não baralhar os “blogs”, não trazer para aqui matéria lá do outro, aquele do “materialismo histórico”, e contar uma história ante(s)passada, embora esta estória pudesse bem ilustrar um episódio do tal blog onde ando a meter os pés pelas mãos, a tentar explicar porque é que tudo começou quando andar com as pernas e os pés nos libertou as mãos, e as mãos desataram a agarrar ramos e pedras e coisas assim que estavam… à mão.
Depois das pernas, foi a roda, depois da roda foi o motor, depois foi o registo da “invenção” (em 1883), e o ser humano começou a deslocar-se em cima de quatro pneus e com um tubo de escape de fumos…
Há muitos anos? Não, senhor. Isto digo eu… embora, a maioria e, sobretudo, para esses nascituros dados à luz numa ambulância à procura de maternidade, um auto-móvel seja, decerto, coisa que sempre existiu.
Após o casamento dos meus pais, ainda noivinhos, tão noivinhos que sequer me tinham concebido (embora já estivesse lá nas cabecinhas deles…), um casal amigo que tinha a extraordinária novidade de ser dono de um carro, resolveu oferecer-lhes um passeio. Uma “aventura”! Fazerem três horas de caminho andado e mais as muitas paragens para meter água (e verter águas), e virem todos até ao Zambujal!
Não terá sido (sei lá…) a primeira vez que um carro subiu esta estrada que hoje até tem toponímia e números ditos “de polícia” (para quê?), mas foi, com certeza, das primeiras vezes. E pôs a aldeia e arredores em alvoroço.
Veio toda a gente que não estava a labutar longe nos campos ver que coisa era aquela, dizer oh!, tocar-lhe (a medo!). Depois, colocaram-se a jeito para a fotografia (outra coisa estranha…) dos noivos em cima do pára-choques, todos a viverem… um acontecimento histórico!
Foi ontem! Pois se ainda não fez 80 anos, quando nós – sim, nós! – temos séculos de séculos…
Não terá sido (sei lá…) a primeira vez que um carro subiu esta estrada que hoje até tem toponímia e números ditos “de polícia” (para quê?), mas foi, com certeza, das primeiras vezes. E pôs a aldeia e arredores em alvoroço.
Veio toda a gente que não estava a labutar longe nos campos ver que coisa era aquela, dizer oh!, tocar-lhe (a medo!). Depois, colocaram-se a jeito para a fotografia (outra coisa estranha…) dos noivos em cima do pára-choques, todos a viverem… um acontecimento histórico!
Foi ontem! Pois se ainda não fez 80 anos, quando nós – sim, nós! – temos séculos de séculos…
5 comentários:
Que nostalgia, este tempo antigo e lento.
E que jeito faria agora, não passar um carro de 5 em 5 minutos aqui mesmo ao lado da janela...
Nesse tempo ter, e ver, um automóvel era uma verdadeira aventura...
Ando a seguir atentamente estas histórias, em certa medida antepassadas também de mim, vivente dos mesmos ares.
Um abraço.
Boa surpresa esta visita. Obrigado por ela e volte sempre.
Saudações
Pois é, maria e justine.
E lembras-te, tu justine!, quando em vez de carros eram motorizadas a atacar o começo da subida para a aldeia?! Era... infernal. Mas já passou, já passaram...
E esta sequência bicicletas, motorizadas, automóveis, aqui na aldeia dava para ilustrar uns textos sobre materialismo histórico, manifesto, pauperismo. Mas isto é para outro blog...
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