Só quando não pode deixar de ser é que vou a Lisboa – ou a outros lugares – de carro. Por isso, de há uns anos para cá, estou a viajar muito de “expresso”. Ou de “caminhêta” como gosto de dizer.
Sei quantas horas são de viagem, e programo-a. Instalo-me, com o(s) jornal(is), com o(s) livro(s), com o caderninho de tomar apontementos (para crónicas, por exemplo). Quando tenho a sorte de ter um lugar vazio ao lado do meu – e, neste caso, muitas vezes tenho sorte... –, faço desse banco vago uma espécie de secretária.
E são viagens produtivas, para mais de ida-e-volta. Até dá para fazer, ou tentar fazer, sudokus.
Nesta última, porque tinha umas coisas para pensar, reduzi um bocado o programa e, às tantas, estava com os olhos na paisagem, e dei uma volta pela vizinhança.
Confirmei algo que já me tinha chocado, embora só de raspão, nas anteriores viagens. Nem um livrinho nas mãos dos meus e minhas companhias de viagem, Nem um jornalito (e agora há tantos que são “de graça”). Nem uma conversazinha com o vizinho do lado. Nem a olharem para a paisagem. Nem… nada. Todos e todas com os olhos no vazio. Nalguns casos, dormindo ou dormitando.
Só, lá de vez em quando, um toque de telemóvel e um falar sabe-se lá com quem, sabe-se lá de onde, sabe-se lá para onde (nem quero saber!...)
Tudo a pensar!
Muito pensa esta gente! Mas em quê? Decerto na(s) vida(s). Não (ainda…) sobre o que fazer para mudar esta vida.
Sei quantas horas são de viagem, e programo-a. Instalo-me, com o(s) jornal(is), com o(s) livro(s), com o caderninho de tomar apontementos (para crónicas, por exemplo). Quando tenho a sorte de ter um lugar vazio ao lado do meu – e, neste caso, muitas vezes tenho sorte... –, faço desse banco vago uma espécie de secretária.
E são viagens produtivas, para mais de ida-e-volta. Até dá para fazer, ou tentar fazer, sudokus.
Nesta última, porque tinha umas coisas para pensar, reduzi um bocado o programa e, às tantas, estava com os olhos na paisagem, e dei uma volta pela vizinhança.
Confirmei algo que já me tinha chocado, embora só de raspão, nas anteriores viagens. Nem um livrinho nas mãos dos meus e minhas companhias de viagem, Nem um jornalito (e agora há tantos que são “de graça”). Nem uma conversazinha com o vizinho do lado. Nem a olharem para a paisagem. Nem… nada. Todos e todas com os olhos no vazio. Nalguns casos, dormindo ou dormitando.
Só, lá de vez em quando, um toque de telemóvel e um falar sabe-se lá com quem, sabe-se lá de onde, sabe-se lá para onde (nem quero saber!...)
Tudo a pensar!
Muito pensa esta gente! Mas em quê? Decerto na(s) vida(s). Não (ainda…) sobre o que fazer para mudar esta vida.
5 comentários:
Ah, também fazes sudokus nos intervalos.....
:))
Pois... sem intervalos a vida seria mais difícil. Mas é preciso saber escolher com que intervalar...
Eu sou das que só pensam durante as viagens...:))
'Pera aí! "Só pensam durante as viagens" ou "durante as viagens só pensam" (mas não nas de avião, em que, trunfla, só dormes)?!
Lapso de contrução frásica, claro!!
Lá vou pensando, mesmo quando não viajo :))
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