Um grande silêncio caiu no grupo quando o Eduardo acabou de contar.
Talvez no resto do café continuasse o barulho habitual, de conversas, de chávenas que se tocam, de colheres a mexer o açúcar, de bolas de bilhar que, lá ao longe, se entrechocam. Talvez… mas as duas mesas perto da janela pareciam impenetráveis a todo o ruído.
Um incalculável tempo passou até o silêncio ser quebrado. E foi quebrado por ele, pelo Eduardo, como quem sacode o que está pensando, ou o arruma muito bem muito dentro de si.
“Vocês nem calculam a falta que me fazem, hoje, estes 50 paus…”. E riu-se. Triste.
“Deixa lá… hoje pagamos-te nós o café!”, disse um, por todos e como se a voz viesse daquela cadeira vazia, onde o ausente teria sorrido se tivesse ouvido.
Talvez no resto do café continuasse o barulho habitual, de conversas, de chávenas que se tocam, de colheres a mexer o açúcar, de bolas de bilhar que, lá ao longe, se entrechocam. Talvez… mas as duas mesas perto da janela pareciam impenetráveis a todo o ruído.
Um incalculável tempo passou até o silêncio ser quebrado. E foi quebrado por ele, pelo Eduardo, como quem sacode o que está pensando, ou o arruma muito bem muito dentro de si.
“Vocês nem calculam a falta que me fazem, hoje, estes 50 paus…”. E riu-se. Triste.
“Deixa lá… hoje pagamos-te nós o café!”, disse um, por todos e como se a voz viesse daquela cadeira vazia, onde o ausente teria sorrido se tivesse ouvido.
4 comentários:
Estes capítulos são muito curtinhos, Sérgio. Apetece ler muito mais...
Gostei da solidariedade dos restantes tertulianos...
Um abraço, sentido.
Até amanhã
Amanhã e depois estarei c'a Paz, num encontro em Lisboa.
Isto é um virote. Hoje foi a Conferência Económica em Santarém.
De qualquer modo, até amanhã.
Abreijos
Sérgio,
A Maria rapidamente entrou e sentiu “a falta dos 50$”.
Fiz uma crítica rápida e injusta, classificando a atitude do avô, fria e material.
Acredita, adorei este conto!
Gosto muito das tuas narrativas, são descritivas e os personagens ganham vida.
O leitor rapidamente fica cativado para a próxima “página”.
Neste caso, o “cenário” é para mim muito particular, “o CAFÉ”!
Não te esqueças que vivo na terra (com 2km) onde em 1998 haviam 700 cafés, claro agora há mais! Sei o que é a tertúlia, a solidão, a amizade, a rotina, a paixão do CAFÉ!
(Boa viagem e bom trabalho)
GR
Obrigado às duas.
E como me deu a espertina, antes de partir para a iniciativa "Encontro europeu em defesa da Paz", onde irei reencontrar amigos e camaradas com quem convivi e trabalhei no PE, ainda vos deixo uma estória recém escrita e colocada no meu quase-diário,
Aliás, como é para o fim-de-semana, espero assim dar resposta à "reclamação" da Maria quanto à extensão dos capítulos... Este texto para o intervalo das ficções será longo. Talvez demais.
Saudades/ções
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