faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Contando um (re)encontro neste amor que se conta - 19

Ela, em Bruxelas,
as lágrimas, a solidariedade mal recebida,
…nunca mais!


Uma mulher chorando na Gare Central de Bruxelas. Suscitando preocupação e solidariedade de alguns passantes. Coisa tida por rara e pouco vista entre os habitantes de Bruxelas…

Recebeu com mau modo esses gestos, ou de maneira não correspondente à simpatia algo inesperada, mais parecendo ser ela a “bruxelloise”.

Correu para a rua e entrou para o primeiro táxi, ultrapassando filas de espera e dando mostras de alguma falta de civismo.

Mas tudo é consentido a uma mulher em lágrimas. “Deve estar aflita… coitada”, pensaram os ultrapassados.

Para mais, pelo ar e cor de pele, devia ser estrangeira. Embora com uma elegância no vestir e no porte que não lhe dava ar de emigrante, dos que andam à procura de trabalho ou que são… os “outros”.

Como é evidente, e dispensável seria dizer, não conversou com o motorista de táxi. Nem sobre o clima! Apenas lhe deu a morada do apartamento, onde se queria refugiar e chorar sozinha o resto de lágrimas que tinha para chorar.

Que raio de belo fim-de-semana que iria ter. Mas “era bem feito!”, pensou, antes de meter a chave à porta.

É o que dá a mania das surpresas ... Nunca mais, nunca mais!

4 comentários:

betinha disse...

Nunca mais, digo eu... estou em pulgas para o encontro!

Maria disse...

Exactamente.....
E foi quando meteu a chave à porta e entrou que....
tcharaaaaannnn
e veio o abraço e tudo o resto a que tinham direito e mais não digo.
Até logo

Anónimo disse...

Nem eu... como vais ver, ou ler melhor dizendo!
Ó betinha, as pulgas são eles que as terão de coçar e sem presenças inoportunas, de narradores e tal.
Daqui a bocadinho, vou ter a subida honra e o grande prazer de "postar" o último episódio desta "saga".
É preciso partir para outras... querem vir? Mas só depois da Festa!

GR disse...

Lágrimas de angustia, decepção e mágoa.
Sim, tinha todo o direito de chorar!

GR