Durante o ano de 2002, até ao último sábado de Novembro, foram doze as notas, metidas em envelopes com o nome do Eduardo escrito em letra de cursivo, que o avô lhe deu.
No mês anterior, em Dezembro, naquele Natal, o avô chamou-o ao quarto onde estava acamado já há dias – “… que cara é essa, rapaz?… isto não é morte d’homem…”, sorrindo como se apenas tivesse dito uma graça –, e entregou-lhe, às escondidas de todos, o último envelope com o nome dele, escrito com letra trémula mas ainda bem legível no frontespício, e duas notas de cinquenta escudos dentro.
O Eduardo saíra do quarto com lágrimas nos olhos.
Fora, talvez, o último gesto que o avô fizera antes de morrer.
No mês anterior, em Dezembro, naquele Natal, o avô chamou-o ao quarto onde estava acamado já há dias – “… que cara é essa, rapaz?… isto não é morte d’homem…”, sorrindo como se apenas tivesse dito uma graça –, e entregou-lhe, às escondidas de todos, o último envelope com o nome dele, escrito com letra trémula mas ainda bem legível no frontespício, e duas notas de cinquenta escudos dentro.
O Eduardo saíra do quarto com lágrimas nos olhos.
Fora, talvez, o último gesto que o avô fizera antes de morrer.
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Assim o contou.
2 comentários:
Ai, hoje não digo nada.....
Até amanhã
O avô era homem de palavra!
Não era o valor do dinheiro, mas o gesto com grande significado!
GR
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