Um dia virá, como uma borboleta,
em que através dos campos um hálito benigno,
caricioso e doce, tudo fecundará.
Então, pedras, ou nuvens, ou rios, ou estrelas
obedecerão aos homens, nunca mais divididos
em senhores e escravos, em ambiciosos e humildes.
Será a era fácil de uma felicidade
feita de farto pão, de paz, de amor fraterno,
dificilmente obtida por uma luta tenaz.
Deixarão de existir a cobiça, a inveja,
o gosto de domínio, a intriga, a traição,
a petulância, o espanto, o desalento, a ira.
Mas quando é que virá esse dia final?
Armindo Rodrigues
(pedido de empréstimo ao cravo de abril)
3 comentários:
Tivemos tão próximo desse dia.
Presentemente estamos tão longe.
Talvez um dia.
(grande borboleta!!!)
GR
"Pelo sonho é que vamos
comovidos e mudos
Chegamos? Não chegamos?..."
Chegar, chegamos. Quando não sei. Quais de nós? Estamos próximos ou não? Depende da nossa dimensão de tempo.
Qual borboleta, é tudo tão frágil e tão indestrutível. Como o caminho que se faz caminhando, Deste que sejamos muitos. Os de ontem e os de hoje e os de amanhã Os de a manhã.
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