faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

terça-feira, 6 de maio de 2008

A minha "música" é outra

O meu lugar é outro
o meu tempo é outro
a minha gente é outra

Sou de outros lugares
de outros tempos
de outras gentes

Sou da minha gente
que olha nos olhos
e fala a nossa língua

(algures em Amsterdam)

6 comentários:

Maria disse...

... um momento nostálgico entre canais...
:))))

Anónimo disse...

Traduzindo as duas palavras escritas a vermelho, poderá deduzir-se - = a comunista?
Parabens ao poeta!
Manangão

GR disse...

Belíssimo poema tão sentido!

Parabéns,

GR

Justine disse...

O teu lugar também é aqui, entre as gentes que não são as tuas. Por muito que isso custe. E obrigue a continuar a tua luta!

Sérgio Ribeiro disse...

Pois é, pois é, ti'Zé!
O meu lugar é,
e enquanto for,
onde estiver gente,
que igual a ela sou.
Sou gente,
sou da gente,
mesmo da pingente,
mesmo da indigente,
mesmo da pedinte,
mesmo da pedante!
Até porque tudo passa pela tomada de consciência das gentes...
Mas... às vezes solta-se um desabafo - tão necessário como, quando está frio, um abafo -, às vezes há nostalgia entre canais, às vezes há palavras que têm de sair a vermelho, às vezes tem de se dar um sentido grito para que as coisas tenham sentido.

GR disse...

Gosto de te ouvir gritar!
Um grito poetico.

Um bj,

GR