Como dedos de mão espalmada,
abertos na margem do Tejo.
Dedos das mãos avaras dos telhais,
que roubam nateiro às águas e vigores à malta.
Mãos de lama, que só o rio afaga.
ESTEIROS
para os filhos dos homens
que nunca foram meninos
escrevi este livro
Soeiro Pereira Gomes
desenho de Álvaro Cunhal
6 comentários:
Arrepiei-me....
Já ontem (esta noite) falei nesta frase e livro não sei onde...
Deixo um abraço a todos os avós, ainda que de "empréstimo", porque sim!
Um dos romances mais belos e marcantes da nossa literatura.
Belíssima homenagem a todas as crianças.
GR
Lindíssimo, o teu dia especial da criança. Belas as palavras, encantador o desenho.
Fico contente por mesmo involuntariamente ter "ajudado ao nascimento" deste belo post.
Abraço
Maria: obrigado... porque sim! E tu sabes porquê. E sempre gostei muito do Gineto e daquela frase!
GR: pois é. Os "Esteiros" são isso mesmo. São os nossos "Capitães da areia".
Justine: obrigado. Vindo de ti, fico mesmo reconfortado, e endosso tudo para as crianças, para os autores do livro e dos desenhos (é a edição comemorativa do 70º aniversário do Soeiro e do 30º da sua morte. Atenção que para o ano faria 100 anos!
Samuel: foste mesmo o que despoletou este post porque li no cantigueiro a "tal frase". Mais um serviço do teu excelente blog!
As crianças, a flor da nossa luta (Amílcar Cabral)
Muito bem Sérgio, a luta contínua, continua!
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