Esta é uma estória um pouco misturada. Porque é ante(s)passada de mim e porque só nasce porque amigos vieram a casa e a tornaram viva… lembrando o ante(s)passado mas também as ascensões e quedas da “mansão-Zambujal”. Misturando tudo... ou eu tudo misturando.
Estivemos em convívio. Calmo, de certo modo diferente. Porque foram os blogs – e as “coisas bonitas” que neles se fazem – que os trouxeram. Identidades haverá outras, mas foram estas que os trouxeram. Amigos.
Vidas vividas, algumas muito magoadas, estimulando a solidariedade, que sempre deveria ser silenciosa e… natural, como a água, a liberdade, a convivência (que mesmo quando é ruidosa tem o seu lado silencioso).
À mesa nos encontrámos. A morcela de arroz que é de cá, a salada que ela diz ser grega, o pão, o vinho (oh!, heresia) alentejano.
E passeámos. Pelo jardim, entre flores e pássaros, procurando o gato fugidio que se dignou aparecer e receber homenagens. Fomos mais longe – ah!, isso tinha de ser – aos Castelos e à ginjinha. E ao ante(s)passado. Porque ele está presente mas também porque vieram fotografias. Das que “os da casa” não fazem. E o que poderia parecer um canto para onde estavam velharias abandonadas ou à espera ganhou uma vida nova.
As velhas fotos dos meus avós maternos à espera de tempo e lugar para serem pendurados (mas ali tão bem…), ao fundo a gravura da Guernica que o “mano Xavier” achou que aqui estaria bem (e está!), a bicicleta que recebi por ter feito o 5º ano do liceu (em 1950!) e que foi melhorada, dois anos depois, com farol e dínamo para poder ir à noite à Vila Nova… porque já tinha 17 anos e acabara o liceu.
À direita, aquela escada tosca do “velho refúgio”. Que refúgio foi. E que levam lá acima, onde estão três camas que tanto gostaria que tivessem mais uso.
Às vezes são precisos outros olhos para que os nossos vejam quão importante para nós é o que todos os dias vemos.
Estivemos em convívio. Calmo, de certo modo diferente. Porque foram os blogs – e as “coisas bonitas” que neles se fazem – que os trouxeram. Identidades haverá outras, mas foram estas que os trouxeram. Amigos.
Vidas vividas, algumas muito magoadas, estimulando a solidariedade, que sempre deveria ser silenciosa e… natural, como a água, a liberdade, a convivência (que mesmo quando é ruidosa tem o seu lado silencioso).
À mesa nos encontrámos. A morcela de arroz que é de cá, a salada que ela diz ser grega, o pão, o vinho (oh!, heresia) alentejano.
E passeámos. Pelo jardim, entre flores e pássaros, procurando o gato fugidio que se dignou aparecer e receber homenagens. Fomos mais longe – ah!, isso tinha de ser – aos Castelos e à ginjinha. E ao ante(s)passado. Porque ele está presente mas também porque vieram fotografias. Das que “os da casa” não fazem. E o que poderia parecer um canto para onde estavam velharias abandonadas ou à espera ganhou uma vida nova.
As velhas fotos dos meus avós maternos à espera de tempo e lugar para serem pendurados (mas ali tão bem…), ao fundo a gravura da Guernica que o “mano Xavier” achou que aqui estaria bem (e está!), a bicicleta que recebi por ter feito o 5º ano do liceu (em 1950!) e que foi melhorada, dois anos depois, com farol e dínamo para poder ir à noite à Vila Nova… porque já tinha 17 anos e acabara o liceu.
À direita, aquela escada tosca do “velho refúgio”. Que refúgio foi. E que levam lá acima, onde estão três camas que tanto gostaria que tivessem mais uso.
Às vezes são precisos outros olhos para que os nossos vejam quão importante para nós é o que todos os dias vemos.
5 comentários:
Os olhos de cá
amam os (cantos) habitantes de lá,
só isso. Mas aqui tão bem divinamente descrito, à grande e à francesa/mesa/grega.
Sem muros, nem mentais, como sugere J. há uns dias.
Obg e abraços
Outros os olhos, outras as perspectivas, os mesmos sentimentos de amizade e partilha.
Começo a acreditar que essa casa tem "magia"...
... ou os seus donos, eu sei lá!
Sempre disse, a CASA tem MAGIA!
São as histórias que se unem à memória, são os tons e os sons. Uns presentes, outros passados mas, nunca ausentes. É nesta convivência natural e amiga, quem entra não esquece. Quem lá vai fica agarrado ao aroma da magia e dos afectos.
GR
O fluir de afectos. Cada um a seu modo.
Obrigada.
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