faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Contando um (re)encontro neste amor que se conta - 7

Em Bruxelas, ela,
o longo caminho
para a descoberta da “conspiração”

No apartamento de Bruxelas, a irritação andava mais depressa que os ponteiros do relógio. “Talvez, talvez… se calhar… mas o quê?, onde?, com quem? Talvez, sei lá, alguma coisa de última hora, e ele a telefonar-me para Lisboa. Talvez…”.

Talvez tivesse havido um impedimento insuperável… Sim, porque confusão com o telefone para onde ela iria ligar não podia haver. Ela insistira tanto…

Apesar disso, ainda marcou o número do gabinete do Parlamento. Com uma réstia de esperança…

Nada!

Ficou ainda mais irritada. Furiosa.
Ele estragara tudo. E ela que pensara tudo tão bem. Com tanto amor. Mal empregado!

Quando o telefone tocou, ali na mesinha ao lado, não soube logo que fazer. Estava numa confusão total, e aquela campainha não veio ajudar nada.

Quem poderia estar a telefonar para ele? Ou seria ele, a justificar a chegada tardia? Mas como?, se ele não podia adivinhar que ela estava ali. À espera dele. Para a surpresa…

Decidiu-se a atender. O que iria ouvir?

E quando ouviu a voz dele ficou paralisada. Muda.

Por uns momentos.

3 comentários:

GR disse...

No começo nem poderá assimilar as palavras, confusão devido à agitação do momento!
Depois, tudo irá ao normal. Ficando mais tarde uma história para contar.
Foi uma dupla surpresa, com grande sincronismo.

GR

Maria disse...

Pois.... a voz dele....
Ela arrependeu-se trinta vezes de ter viajado até Bruxelas....
... ele vai apanhar o primeiro vôo que houver e acabam por almoçar no dia seguinte...

Até logo

Anónimo disse...

Muda, muda, paralisada!

O primeiro voo? eh!eh!
No dia seguinte? Ela estará em Roterdão!

Isto vai complicar-se ... prometo eu que não sou de promessas!