faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Contando um (re)encontro neste amor que se conta - 8

Em Lisboa,
ele,
o alívio


A 2000 quilómetros de distância, ele teve a surpresa de a encontrar do outro lado do fio, em Bruxelas, ou melhor, a surpresa não, confirmou, feliz. o que esperava e desejava no meio da confusão de hipóteses só insinuadas.

“És tu?!, que estás aí a fazer?”

Primeiro, silêncio.

Nada. Nenhuma resposta.


Em Bruxelas,
ela,
primeiro a irritação ao rubro

Ela recuperou. Pelo menos a voz...

Lentamente, muito lentamente, tempo demasiado para um tempo de telefone sem resposta, sem uma som do outro lado.

De repente, rebentou.

“E tu?, por onde andas que ainda não chegaste a casa?, (subindo o tom) e quem esperavas que te atendesse o telefone?”

4 comentários:

Maria disse...

hehehehehehehe
Gosto deste "ciuminho" dela.....
Este capítulo é tão pequenino.....
Deu pra "ver" as caras dos dois.

Até amanhã

GR disse...

Depois civilizadamente, tudo melhora. Mas…outra coisa não era de esperar!

Na realidade é um capítulo do tipo, ordenado da função pública. Pequenino!
Porém, retenho-me na leitura.
Cada palavra um gesto, em cada gesto vejo o ruborizar das faces, uma rubra outra empalidecida!
O olhar! inquieto, seguindo a raiva e o tentar perceber toda esta confusão! O outro, imóvel quase arregalado, perante a situação.
Umas mãos rígidas e transpiradas, outras frias e um pouco tremulas.
Na sala, uma televisão sem som passa imagens para ninguém, na outra, muito pouca luz, quase só a penumbra e um silêncio amargo.
Um dos corpos esta semi-sentado, no braço do sofá. O outro esta hirto, perto da pequena mesa com um telefone creme e um paspatur com uma foto, onde se pode admirar a beleza "dela".
Só uma janela estava entreaberta, podendo-se espreitar a noite agradavelmente fresca.
É assim que vejo/leio capítulo por capítulo. Por muito pequeno que seja, o meu observar aumento-o.

GR

Anónimo disse...

GR, estás contratada para realizar o filme!
Maria, tu creio teres mais jeito para argumentista, a partir do "romance" do autor!
Que grande trio vocês me saíram...

Anónimo disse...

Com quem eu estou metido...
A sirte que eu tenho.
Só falta o produtor porque operadores de câmara e de som era fácil arranjar.
Quanto à dimensão deste episódio, não foi por acsso... era um momento de suspensão e daqui que vocês fizeram: sentir, ver o que não estava escrito, o silêncio, a perplexidade, o "mas que é que me/nos está a acontecer?", "isto pode estar a acontecer-me/nos?".
E vai já já o 9º... que a Festa aproxima-se (ã nossa e a deles) para de hoje a uma semana.
Muitos abreijos gratos