faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dagoberto Markl

Soube agora, aqui no sapo, que morreu Dagoberto Markl.
Fiquei, estranhamente, triste. Poucas vezes me cruzei com ele, não mais trocámos que meia dúzia de frases, mas era homem de quem gostava. Diferente. Pelo menos, assim me parecia. Afável, quase caloroso, discreto, ou com um contido entusiasmo... por aquilo que, via-se, dava vida à sua vida.
Há anos que não o encontrava. Gostava dele, pelo que dele conhecia, pelo que ele consentira que eu dele conhecesse, nas poucas vezes que com ele me cruzei, pela meia dúzia de frases que trocámos.
Soube, agora, da sua morte. Aqui, no sapo. Pergunto-me se o teria sabido se o Dagoberto não fosse o pai do Nuno Markl. E fui ler o comovido texto do Nuno. Um texto parecido com o pai, a quem o escreve como se só para que ele, o pai que morreu, o lesse.
Ficam as palavras que aí estão. Diria... de homenagem.
.
E uma pequena estória de lembrança me assaltou. Sei lá se a despropósito.
Um dia, o meu pai entrou em casa, aqui no Zambujal, meio zangado, meio risonho:
"Pronto... era o que me faltava! Já deixei de ser o Joaquim Ribeiro e tu o filho do Joaquim Ribeiro, agora passo aqui na terra e já nem sou o ti'Jaquim, sou o pai do Sérgio... era só o que me faltava!"

3 comentários:

Maria disse...

Um abraço grande. Pela última parte do teu texto...

Justine disse...

A história veio a propósito - e faz parte, no fundo, da, dirias, homenagem...
Beijo cá de longe:)))

GR disse...

Mais uma bela homenagem.

"palavras de um pai orgulhoso"

Bjs,

GR