Olho para a realidade (o concreto das coisas e das gentes) e espanto-me por haver quem não veja o que eu vejo e como eu vejo. Depois - logo logo - tomo consciência que faz parte da realidade - dessa realidade que eu vejo - gente que a vê (e se vê) de outra maneira que não aquela que eu (e como a) vejo.
7 comentários:
Daí ser importante ter em mente que algumas dessas pessoas têm igualmente um genuino espanto pelas nossas interpretações da realidade.
"Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? são gigantes".
Não é que esteja cem por cento de acordo com estes versos do poeta, mas é algures, ofuscada pelo brilho e alarido das várias "realidades" que estará a simplicidade do que "é" realmente.
Apropriarmo-nos de uma realidade como se fosse um objecto, com unhas e dentes e aos gritos é talvez uma deriva do materialismo... o materialismo histérico :)))
Abraço
E eu estou a ver que tu vês como deve ser visto :))
Gostei dessa do materialismo histérico!
E também do outro comentário que tem mais a ver com aquilo que se prevê a partir dos vistos e dos ouvidos...
Depois, também há a necessária progressidade das lentes.,,
Exacto.
É um facto que a realidade difere dependendo dos olhos de quem a vê, mas há acontecimentos, comportamentos, realidades dentro da realidade que são vistos de igual forma por uma grande quantidade de pessoas. A isso chama-se a realidade comum.
E depois, há que analisar essa realidade comum, e verificar se os indivíduos não se encontram a viver uma realidade que foi formulada por outros, facto ignorado pelos próprios indivíduos. Como se de um "poder gerador de realidades" invisível se tratasse...
A diferença está, portanto, no indivíduo que se sabe livre para olhar para a realidade, sem estar a ser manipulado por ninguém, e o indivíduo que olha a realidade sem saber que é para ali que alguém quer que ele olhe. E a realidade que ele vê esconde, obviamente, a presença dessa presença manipuladora...
Fiz-me entender?
beijinhos
Só tens que convencêlos a usarem as tuas lentes!
Tenta!
Abraço
Sem o saber antes, diria que ficou o comentário "no outro" lado.
Eu também não páro - e desespéro - de me espantar.
Abç
Mas a realidade que vês/vemos, seria simples solucionar.
Muito trabalho e empenho, mas era uma outra realidade, a nossa.
Esta realidade é triste e dura.
GR
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