Já me servi desta imagem - quantas vezes? - para contar a historinha de uma andorinha e de uma nadadora-salvadora e de um gato que miava e que por ali andava. Quantas vezes!
Ainda nos meses de Março e Abril mais próximos andava por aí, convidado de escola em escola, com a historinha a tiracolo. E voltava sempre feliz, porque tinha vivido uns quartos de hora de bem-aventurança. Bem-aventurança que, pelo menos duas vezes, se prolongou por prendas lindas que me mandaram, uma delas a historinha recontada pelos meninos a quem eu a contara.

Por isso, sim, por isso, ver este pedaço de fotografia nossa a servir de pretexto para uma mensagem de palavras, de sons, de poesia pura (ou natural?) foi bom. Foi, mais uma vez, bom. Ou, dizendo melhor, foi bem-aventurante nesta aventura de estar vivo. E vivo estar.
Além disso, a imagem ganhou uma nova força nos olhos e comentário de uma poeta, talvez ajudada pelo Shostakovski, a força de ser, também, uma pauta musical em que as notas são as andorinhas que escrevem a sinfonia dos sons e dos silêncios destas tardes de ainda verão.
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Que pena a máquina fotográfica ser tão pobrezinha... mas, se calhar, nenhum sofisticado aparelho de milhares de € transmitiria o que esta foto me/nos transmite. Que é a riqueza humana (e andorinha...) que contém as imagens, ainda que não valorizada pela técnica e pelo talento!
2 comentários:
Pois é, as histórias que uma imagem pode contar...
Este ano nenhuma arriscou um mergulho mais perigoso, ou então "a-que-foi-salva" avisou as outras de que deviam ter cuidado, pois a nadadora-salvadora não anda sempre por perto!
E lá estão elas, de novo, a cerrar fileiras, prontas para se despedirem mais uma vez até para o ano!
Esta foto está lindíssima.
Como o tempo passa rápido e as meninas a quem contaste as histórias, voarão mais longe, depois de te terem ouvido.
Bjs,
GR
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