faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.

...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.

José Gomes Ferreira

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Faria hoje 98 anos!

Chegou a fazer os 96. Embora já antes nos tivesse deixado... mas estava, como está, em mim.

Um amigo, em Outubro de 2006, ofereceu-me aquela fotografia, e esta que também ele tirara:

com este texto:
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Uma mãe é uma árvore vigilante. Pode estar sozinha no meio de uma planície, custosamente medrando num deserto ou apenas ser um ranúculo num rio. As suas raízes crescem na casa quando os filhos estão presentes e ausentam-se quando eles estão ausentes. Perto ou longe, em qualquer lugar do mumdo. Como pode uma árvore abandonar as suas folhas e frutos?, repetir-se-á. Acompanhá-los-á com o seu sonho, mesmo que eles não queiram. Protegê-los-á, sob a sua copa, dos desmandos da intempérie. Acordará a brisa quando for Agosto, o luar quando anoitecer e reclamará o sol quando descerem pela colina as primeiras neves de Janeiro. "Aninhai-vos aqui", dirá, é uma árvore feliz, úbere e resignada.

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Obrigado, Pedro!

7 comentários:

PG disse...

É bom ter amigos como tu. Contigo vejo sempre mais cinzentos no preto e branco. Abraço Sérgio.

Justine disse...

Bela homenagem, SR, como belos são o texto e as fotos do pg
Beijo

GR disse...

Tanta ternura nas fotos e nas palavras.
A mão da mãe sempre unida à do filho, olhando para ele com doçura.
Bonito e comovente post

Um bj,

GR

Maria disse...

Um abraço especial para ti.....

PG disse...

So uma correcção. O texto é de Hugo Santos e não da minha autoria. Com muita pena aqui do cromo.

Sérgio Ribeiro disse...

Apesar da qualidade do texto, és capaz de fazer tão bom (ou melhor... que o professor).
E só não referi a autoria porque, quando me ofereceste o quadro com as fotografias e o texto, como acto de amigo, julguei-o teu. A falta foi minha por ter tornado público, sem te ter consultado, um gesto entre nós que muito me sensibilizou.
As minhas desculpas a ti e ao Hugo Santos.

Sal disse...

Abriste a minha caixa de recordações.
Às vezes são muito dolorosas.
Esse texto diz-me muito.