As árvores (e os homens...) morrem de pé

Há muito pouco tempo, deste tempo cada vez mais relativo, foi a ameixoeira. Sempre a vi naquela pequena elevação, à mão de apanhar os frutos sempre muitos e bons. De vez em quando, há muitas décadas, ali ia acabar o almoço e comer a sobremesa. Fazia parte do meu canto, porque desde sempre ali estava. Deu-lhe… a velhice. Tive pena.
Hoje, foi a amendoeira. Também sempre ali a vi. Resistindo a todas as mudanças de “cenário”, mais muro, menos muro, mais garagem menos adega. Ali estava. Centenária. Embora, às vezes, mostrasse algum cansaço. De qualquer modo, todos os anos nos oferecia flores e umas amêndoas. A que pouco ligávamos. Fazia parte da paisagem...
Hoje, foi a amendoeira. Também sempre ali a vi. Resistindo a todas as mudanças de “cenário”, mais muro, menos muro, mais garagem menos adega. Ali estava. Centenária. Embora, às vezes, mostrasse algum cansaço. De qualquer modo, todos os anos nos oferecia flores e umas amêndoas. A que pouco ligávamos. Fazia parte da paisagem...
Não era como a nespereira. Ambas enormes (depende da escala…) e companheiras, ou só vizinhas, mas a senhora nespereira só ofertando nêsperas nos anos em que lhe dá na real gana. Feitios…
Pois outro dia, trabalhava eu aqui, ao computador, ouvi um barulho de choque. Fui ver. Fora um camião enorme que, ao encostar muito à direita, batera num dos troncos altos e fortes da amendoeira, e provocara tal abalo que rebentou a base do muro e fez levantar o chão onde se enterravam as raízes.
Chamado um amigo-vizinho ou um vizinho-amigo, o diagnóstico foi rápido e brutal: condenada!
Foi hoje abatida.
Pois outro dia, trabalhava eu aqui, ao computador, ouvi um barulho de choque. Fui ver. Fora um camião enorme que, ao encostar muito à direita, batera num dos troncos altos e fortes da amendoeira, e provocara tal abalo que rebentou a base do muro e fez levantar o chão onde se enterravam as raízes.
Chamado um amigo-vizinho ou um vizinho-amigo, o diagnóstico foi rápido e brutal: condenada!
Foi hoje abatida.
Estou triste.

4 comentários:
Sei que não compensa, mas deixo-te um abraço...
Um camião esparvoado que não respeitou a Natureza... nem a idade. As máquinas por vezes são brutas e nunca têm alma.
Campaniça
Nem posso olhar para lá...mas vem aí o futuro - é já amanhã - e havemos de ter ali uma bela árvore a crescer, orgulhosa.
Ficou nu aquele cantinho.É estranho aquele vazio :(
Subia eu um destes dias em direção ao outeiro e á casa da minha Rainha e achei um vazio estranho por ali... juro que não percebi o que era.
Quando descia serenamente com os meus pensamentos como companhia é que... travo o carro..."caramba o Dr.Sergio cortou a amendoeira!"
Afinal estava doente, ou ficou doente por alguém que não respeitou o seu cantinho.
Um beijinho .
Cristina
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