Estamos a tropeçar continuamente no nosso próprio espólio. No que salta do meio de livros e papeis velhos, no que está dentro de nós, no que, estando dentro de nós, procuramos - desesperadamante... - no caos dos livros e papéis velhos... e alguns perdidos.
Ontem, o dia acabou mal...
Hoje, a manhã acordou solarenga, o Mounti espreguiça-se lá fora como se renascido. E eu, quando procurava outra coisa (claro!), encontrei umas pastas da Fundação Jacques Brel («... aujourd'hui, em 1992, la Fondation Jacques Brel s'intéresse à la scolarité des enfants hospitalisés.»)!
Mas o que veio fazer companhia ao sol que parece querer iluminar o dia foi este pedacinho:
«La philosophgie de la Fondation Jacque Brel pourrait se résumer par ces lignes de BREL:
"Un homme, c'est fait pour bouger,
c'est pas fait pour s'arrêter,
c'est fait pour continuer,
pour mourir en mouvement éventuellement,
mais ce n'est pas fait...
Tout le malheur vient de l' imobilité.
Toujours."»
Traduzir? Não!
Só se forem as duas últimas linhas. Para melhor as gravar cá dentro.
Toda a infelicidade vem da imobilidade.
Sempre!
7 comentários:
Esse tal Brel... para artista de variedades, sabia uma coisas!...
Filósofo, poeta, actor e fingidor - e sempre a surpreender-nos.
Vamos lá então combater a imobilidade (que tal começar com a caminhada diária pelos campos?:)) )
Começar?...
Isto dito depois de uma caminhada pelos campos, com este sol a ajudar-nos, como esta de que estamos a recuperar? Claro que sim!
Quanto ao senhor Jacques Brel, e a outros artistas de variedades..., é verdade que sabem mesmo umas coisas, ou umas choses no caso do flamengo-francófono.
Já percebi que 'também' andas em arrumações... e depois surpreendemo-nos...
Este Brel (porque não há outro)... cada vez gosto mais dele!
Pois! Bons passeios... exteriores e... interiores. BJS
Caro Sérgio,
Que bom seria que os portugueses não andassem tão anestesiados, e pudessem acordar a tempo e perceber que « Un homme, c'est fait pour bouger.
Acordem portugueses estamos em ano de eleições !!
Brel foi uma voz lúcida até ao fim.
Um abraço nocturno meio desanimado
Brel fez-te uma surpresa, apareceu com o Sol.
Que bem acompanhado estás, gosto de ouvir vosso diálogo.
GR
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