O paciente falou, falou, contou, contou...
E continuava a contar...
O médico ouvia... pacientemente...
Resolveu intervir.
"Desculpe lá, tenho de o interromper... já tenho dados suficientes para lhe fazer o diagnóstico..."
"'Tá bem, s'tor. Mas ainda não acabei de contar. Há pontas soltas que tenho de ligar..."
E recomeçou a contar.
Contou, e recontou, e alinhavou pontas...
O médico... pacientemente... ouviu, ouviu...
Ouvia, há horas, o paciente e resolveu intervir, de novo e em desespero e destemp(er)o.
"Está bem, está bem! O meu diagnóstico está mais que confirmado:
O QUE O SENHOR TEM É EXCESSO DE MEMÓRIA! Doença que, sendo de inevitável cura (com o tempo), é incurável para já.
Não sei que lhe receitar...
Olhe: trate-se... E FAÇA POR ESQUECER!"
1 comentário:
Lá chegará o tempo!
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