Três notas, tiradas de papéis rascunhados:
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1.
Mar é morada de saudade
(de letra de morna)
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2. Vou
pensar na partida
Vou
querer ficar
Violão
vai chorar
Vou
ir com a solidão
É hora
di bai!
(“arranjo”
sobre letra de morna)
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3. Vivo não para ter “um lindo
enterro”
mas para viver o melhor que puder,
i.é., o mais vivo e coerente possível,
até ao
fim.
3 comentários:
"Vivo não para ter “um lindo enterro” " Benza a Deus que não são todos assim senão o homem que vende campas não conseguia ganhar a vida :D
Preparar o enterro sempre me causou perplexidade! Há quem o faça: missa encomendada, campa com dizeres lapidada, fotografia posta, o lugar mais vistoso do cemitério... viver a aguardar o fim! Paradoxalmente acho que quem vive para "um lindo enterro" acaba por nunca o ter... porque em vida esqueceu-se de viver (e tudo o que isso implica... nomeadamente deixar memórias vivas que façam o seu rasto ecoar) acho que só vivendo é que podemos esperar que não haja fim que nos cale.... Mas isto são só reflexões rápidas, circulando no que escreveu. Reflexões em modo de abraço.
Raquel
Um excelente "resumo" da noite...
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