Naqueles tempos e lugares, os portugueses eram olhados como heróis. Sobretudo, os capitães.
Estava um grupo de portugueses, do movimento da Paz, em Budapeste. Um, responsável, do Conselho Português para a Paz e Cooperação, um professor universitário, de Coimbra, um trabalhador da indústria, do Barreiro, um trabalhador da agricultura, de Viseu, um “capitão de Abril”.
No hotel, estava também uma equipa feminina de atletismo da Polónia. Cujas atletas nos olhavam com a admiração com que nós as olhávamos a elas…
Por insistência do “nosso capitão”, promoveu-se um convívio num quarto daquele corredor. Três para três (o professor retirava-se cedo e quedo, o nosso trabalhador rural era tímido e não falava línguas). Convívio com algumas cervejas trazidas do bar e troca de impressões sobre as terras e a(s) vida(s).
Convívio que não estava a correr ao desejo do “nosso capitão”. Que, por isso propôs um jogo. Uma espécie de roleta. Uma garrafa de cerveja no chão posta a rodar e, para onde apontasse o gargalo, o designado ou tirava uma peça de roupa, ou cantava uma canção da terra dele ou dela.
Boa ideia!
Assim se fez.
E, nesta crónica, poupam-se pormenores e incidentes. Apenas se deixa contado que, até acabar a noite, isto é, até nos despedirmos cada um e uma para as respectivas caminhas, fomos 5 a cantar alternadamente, e também em coral, canções das nossas terras, e um capitão a tirar peças de roupa e a terminar “fardado” de camisola interior (das de alcinhas), cuecas e peúgas e a resmungar que só ele é que sabia jogar aquele jogo.
2 comentários:
Interessante...
:)))
Interessante jogo. Afinal apenas o capitão era bom!!!!
Um beijo.
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