A boçalidade
é de qualquer idade!
Desde que boçal tenha sido feito
(pelos genes mais as circunstâncias)
o ser que, hoje, é boçal!
faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.
...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.
José Gomes Ferreira
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.
José Gomes Ferreira
terça-feira, 31 de outubro de 2017
sábado, 28 de outubro de 2017
ambiguidades e outras coisas - (talvez só pela 1ª vez...)
por culpa e em intenção do Jorge Esteves
Aqui vamos nós a LEVANTAR FERRO do Porto.
Demos CORDA AOS SAPATOS no "expresso" da RN em dia de Expresso impresso semanal, mas que não comprámos sabedores que a edição à venda na INVICTA CIDADE não comporta o anexo regional em que miramos o Mirante lá da terrinha,
Quanto a "dar corda aos sapatos", tenho é de os "atacar" porque estes que calço lá no fundo das pernas ainda são dos de atacadores e laço como já poucos o são embora quase todos os calcantes de PARES DE BOTAS usem atacadores, menos - claro - nos BOTAS DE ELÁSTICO. O que é um anacronismo (mas isto é para outra crónica...).
E apesar de não fazer ideia de como seria isso de "dar corda aos sapatos", ainda me lembro de quando tinha de DAR CORDA AOS RELÓGIOS*, o que já não se faz porque agora eles, os relógios, ou estão no telemóvel, ou no computador ou onde menos se espera (no micro-ondas, por exemplo), e funcionam ou sozinhos (ligados à corrente...) ou por pilhas e, no caso destes, há que, de vez em quando, CARREGAR AS BATERIAS. Esta tem PILHAS DE GRAÇA (para quem?), o que, no CASO VERTENTE (para onde?) não é o caso pois não há pilhas (nem baterias... não querias mais nada?) grátis, indo contrafeito na onda de um cretino que diz que NÃO HÁ ALMOÇOS GRÁTIS!
Em contrapartida chegámos ao fim deste texto COMPRIMIDO que se se pode comprar de graça (obrigadinho) e tomar (ORA TOMA!") sem receita médica.
* - a propósito: hoje teremos de ACERTAR TODOS OS RELÓGIOS PELA HORA DE INVERNO!
terça-feira, 26 de setembro de 2017
Os surdos ou ensurdecidos
É curioso (?!):
falam muito (e muito alto) mas não falam com ninguém...
ou, se parece que estão a falar com alguém, não ouvem ninguém!
falam muito (e muito alto) mas não falam com ninguém...
ou, se parece que estão a falar com alguém, não ouvem ninguém!
Paráfrase
Alguém terá dito (um Mark Twain, Bernard Shaw, Grouxo Marx, Woody Allen... ou outro dos que dizem coisas destas) que há três espécies de mentiras e uma delas é a mentira estatística. Eu, que também gosto de dizer coisas, parafraseio: ele há a mentira inventada, ele há a mentira que falsifica a verdade ou a põe de pernas para o ar, ele há a mentira estatística, com a sub-espécie mais usada na actualidade que é a mentira monetarizada, subdividida em ramos como o da cont(h)abilidade e a da dívida utilizada como armadilha.
Sobre os factos alternativos à la Trump falar-se-á noutra oportunidade. Que abundam. Perigosamente.
segunda-feira, 11 de setembro de 2017
Adrede e adrenalina
"Fazer política" pode ser a coisa mais bonita a fazer porque é estar ao serviço dos outros, é ajudá-los a humanizarem-se, é ser o outro.
"Ser político" é a "carreira" mais desumanizada de todas quando (e porque) feita a enganar, ludibriar, manipular outros e os outros, a servir-se dos outros.
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
O TEMPO, A VIDA, A MORTE, O NORTE
sempre grato ao R.R.
O TEMPO DE AGORA
Quando penso,
ou digo,
ou escrevo
AGORA
o primeiro A já é passado
no triplo salto para o futuro,
para o último A...
que logo logo passado é
e acabou o tempo daquele
AGORA
mas logo logo chega outro,
até se esgotarem agora mesmo!
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
AS MORTES A DESTEMPO - página de um livro quase acabado
INTERVALO PARA UM LÁGRIMA
De súbito, neste desfiar de
memórias, os dedos suspendem-se sobre as teclas e em vez de descerem para
continuar os contares e as contas deste rosário, antes de passarem pelo emaranhado
dos cabelos, retém-se nos olhos, a secar uma lágrima. Não das artificiais que o
muito uso começou a exigir, nem das reais que por vezes se soltam na comoção de
um momento.
Uma lágrima cá bem de dentro
e fundo. Ao lembrar gente e amizades ligadas ao que as recordações me trazem.
Têm os nomes do Zé Casanova,
do Herberto, do João Honrado, do João Lourenço, do Bino Peixoto, agora, há dias, da Isabel M.. Sim, têm estes nomes
de quem morreu, talvez a seu tempo embora sempre brutal surpresa.
Mas, neste
escrito, neste intervalo do que escrevo, são as mortes a destempo que me preenchem.
A do Flávio, e o seu telefonema do hospital para a Festa do
Avante!, a sua vida cheia de força, de esperança, de futuro que construía para si-e-os
outros, o meu neto de Somos todos netos
de Abril; a do João "Barrote", sempre discreto, sempre presente, sempre amigo, sempre como
que a apagar-se, um pouco perdido, solidário e solitário, quase diria desistente; a do Paulito, a vê-lo aqui em casa, na véspera das férias e da que se seria a sua última,
estúpida, viagem, com o seu entusiasmo contagiante, a falar de projectos, a exigir
ideias e trabalho… de teatro, pois de que havia de ser?
Às vezes, é difícil reter as lágrimas
que não se choram. Que ficam na garganta e que, ao serem lidas as palavras escritas, estrangulam a
voz.
Os dedos descem, tristes mas
resistentes, com destino a estas teclas. Para me continuar. Enquanto. E por eles. e por todos.
segunda-feira, 31 de julho de 2017
GLOSAS DE GOZO... em toalhas de papel
OS FALS(ÁRI)OS
OS FALSIFICADORES
OS QUE FAZEM (DE) CONTAS
O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA!
OS FALSIFICADORES
OS QUE FAZEM (DE) CONTAS
O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA!
sábado, 22 de julho de 2017
Histírórias ante(s)passadas - 46 VISITAS - o 2º esquerdo
A DONA LAURA
A Dona Laura era a vizinha do 2º
esquerdo. Era a esposa muito senhora esposa do senhor Armando Mendes, homem
discreto, apagado, e era a extremosa e preocupada mãe do Armandinho, um dos miúdos do prédio, com mau
aproveitamento escolar, estudante de violino mas mais dedicado - muito mais… – à
viola e suas variações, a que se entregava no tempo que deveria ser, segundo a Dona Laura, para os deveres escolares e o estudo dos clássicos do violino, seus
concertos e sinfonias.
A Dona Laura era uma senhora. Que pontificava,
sem alardes ou alarido, no prédio da Rua do Sol ao Rato, que mudara de 85 para 27 na
ordenação toponímica. Impunha-se pela postura de Senhora Dona.
Os miúdos do prédio – o ZéLuís,
meu primo, também do 2º andar mas direito, os dois irmãos do 1º andar esquerdo, eu do
rés do chão – eram os companheiros do Armandinho. De escada e quintal ao rés do
chão nosso.
A Dona Laura tinha as suas
referências e preferências. Para exemplo do Armandinho. Eu seria um deles. Um rapazinho atilado, bom
aluno, um menino que gostava de ler, que brincava mas era comedido e aproveitava o
tempo.
E foi discreta mas clara na solidariedade para comigo no meu pesar por o meu
pai não ter comprado o violino para que eu parecia ter jeitinho, tal como ela fizera
para o seu Armandinho. Decisão de que não se conhecia o contributo e opinião do
senhor Mendes. Se é que este os tivera...
A Dona Laura era uma senhora. E
acompanhava, cheia de simpatia (ou empatia?), a minha adolescência e começo de
idade adulta. De (bom) exemplo para o seu Armandinho.
Quando voltei da prisão e fui ao
prédio, visitei a Dona Laura. Contente e compungida, mostrou-me a sua
incompreensão com uma pergunta insistente e intencional:
Não te percebo, não te percebo… o que é que TU queres mais?
Não lhe respondi. Ia lá ela perceber
que o mais que queria era, SÓ!…, contribuir para mudar o mundo sempre em mudança, ajudá-lo num rumo de
humanização.
A Dona Laura era uma senhora.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
S.O.S.!
E SE EU,
O GAJO MAIS SENSATO
(SEM TATO*?),
COMEÇAR A FAZER DISPARATES,
A NÃO
DIZER COISA COM “CUSA”
(COM
“TUSA”?):
que o dinheiro não vale nada e, para o ter, parecer valer tudo
que mais valia ter estado quieto
que Maria vai com as outras
que já estou no tempo in illo…
que me sinto in
loco (ou en louco si?)
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S.O.S.!
Preciso urgentemente de
tranquil(a)idade
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Estou em estado de sítio,
isto é, en CURRAL alado
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* - de acordo com o novo Acordo Ortográfico, apesar do desacordo
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* - de acordo com o novo Acordo Ortográfico, apesar do desacordo
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