Oh! Terra e gentes!
Oh! terra e gentes de ilimitada fé
em sebastiões,
que – alfim – voltem do nunca mais,
em henriques, que façam dobrar cabos e gentios,
em 1ºs de Dezembro, que restaurem independência e soberania,
em marqueses, que venham cá abaixo ver isto,
em republicanos, que curem e não acresçam desmandos
monárquicos,
em salazares, que saneiem finanças e ponham tudo em
estado novo,
em colonialistas, de face humana e sem cor do Minho
a Timor,
em militares de Abril, que unidos venceriam pró nobis,
em soares e
quejandos, que semnosco nos levariam à Europa,
em carneiros, amarais, cavacos, portas e outros que
tais,
em constâncios, durões, guterres e parecidos
figurões
como,
agora, costas e centenos, excelsos na euro-escanção
a belo exemplo do salvador
das euro-canções,
dos
recém finados Belmiro, o maior da falcatrua e exploração,
e
zé-pedro dos pontapés e chutos diversos
isto para não falar de
futebóis
com eusébios,
figos, ederzinhos (quem foram?)
e todos são ronaldos enquanto marcarem golos,
alimentarem ilusões e, a prazo, criarem
desiludidos passivos.
Oh! gentes!
quantos séculos já temos?
1 comentário:
E quantos séculos mais serão precisos??
Excelente texto!
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