OS FALS(ÁRI)OS
OS FALSIFICADORES
OS QUE FAZEM (DE) CONTAS
O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA!
faz de conta que o que é, é!... avança o peão de rei.
...
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.
José Gomes Ferreira
o mistério difícil
em que ninguém repara
das rosas cansadas do dia a dia.
José Gomes Ferreira
segunda-feira, 31 de julho de 2017
sábado, 22 de julho de 2017
Histírórias ante(s)passadas - 46 VISITAS - o 2º esquerdo
A DONA LAURA
A Dona Laura era a vizinha do 2º
esquerdo. Era a esposa muito senhora esposa do senhor Armando Mendes, homem
discreto, apagado, e era a extremosa e preocupada mãe do Armandinho, um dos miúdos do prédio, com mau
aproveitamento escolar, estudante de violino mas mais dedicado - muito mais… – à
viola e suas variações, a que se entregava no tempo que deveria ser, segundo a Dona Laura, para os deveres escolares e o estudo dos clássicos do violino, seus
concertos e sinfonias.
A Dona Laura era uma senhora. Que pontificava,
sem alardes ou alarido, no prédio da Rua do Sol ao Rato, que mudara de 85 para 27 na
ordenação toponímica. Impunha-se pela postura de Senhora Dona.
Os miúdos do prédio – o ZéLuís,
meu primo, também do 2º andar mas direito, os dois irmãos do 1º andar esquerdo, eu do
rés do chão – eram os companheiros do Armandinho. De escada e quintal ao rés do
chão nosso.
A Dona Laura tinha as suas
referências e preferências. Para exemplo do Armandinho. Eu seria um deles. Um rapazinho atilado, bom
aluno, um menino que gostava de ler, que brincava mas era comedido e aproveitava o
tempo.
E foi discreta mas clara na solidariedade para comigo no meu pesar por o meu
pai não ter comprado o violino para que eu parecia ter jeitinho, tal como ela fizera
para o seu Armandinho. Decisão de que não se conhecia o contributo e opinião do
senhor Mendes. Se é que este os tivera...
A Dona Laura era uma senhora. E
acompanhava, cheia de simpatia (ou empatia?), a minha adolescência e começo de
idade adulta. De (bom) exemplo para o seu Armandinho.
Quando voltei da prisão e fui ao
prédio, visitei a Dona Laura. Contente e compungida, mostrou-me a sua
incompreensão com uma pergunta insistente e intencional:
Não te percebo, não te percebo… o que é que TU queres mais?
Não lhe respondi. Ia lá ela perceber
que o mais que queria era, SÓ!…, contribuir para mudar o mundo sempre em mudança, ajudá-lo num rumo de
humanização.
A Dona Laura era uma senhora.
quinta-feira, 6 de julho de 2017
S.O.S.!
E SE EU,
O GAJO MAIS SENSATO
(SEM TATO*?),
COMEÇAR A FAZER DISPARATES,
A NÃO
DIZER COISA COM “CUSA”
(COM
“TUSA”?):
que o dinheiro não vale nada e, para o ter, parecer valer tudo
que mais valia ter estado quieto
que Maria vai com as outras
que já estou no tempo in illo…
que me sinto in
loco (ou en louco si?)
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S.O.S.!
Preciso urgentemente de
tranquil(a)idade
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Estou em estado de sítio,
isto é, en CURRAL alado
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* - de acordo com o novo Acordo Ortográfico, apesar do desacordo
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* - de acordo com o novo Acordo Ortográfico, apesar do desacordo
quarta-feira, 5 de julho de 2017
O (UM) QUE (NOS) FAZ (MUITA) FALTA
AO PAULITO
01.07.2017
com o Luís Costa
O QUE FAZ FALTA…
S – Se me dão licença… pedia
ao Luís Costa que me acompanhasse no que chamaria UM (curto) DUETO A TRÊS…
L – Por mim, pode ser!…
mas…. para ser “a três”, falta um!
S – Pois é… e é precisamente
O QUE nos FAZ FALTA…
e o nome do dueto seria
mesmo O QUE FAZ FALTA…
L – Já estou a perceber… e a
sentir – como tu – a falta
daquele que nos faz falta.
S – Eu sabia que ias
entender… que todos íamos entender
e sentir a falta do que nos
faz falta.
L – ... e se faz!...
S – Pois… mas é assim a vida (ou
o contrário dela)…
mas, quando não nos deixa fazer
tercetos não se pode desistir!
... e fazemos duetos.
L – Pois claro. E é o que
nos faz falta.
S – Já o cantava o Zeca
Afonso…
L – Pois: "O que faz falta é animar a malta
…
O que faz falta é acordar a malta
…"
S – Como diria também aquele que nos faz falta!
L – Siga a caravana
de Ourém!
S – Mas… antes… para
O QUE NOS FAZ FALTA
um enorme
aplauso
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