(QUASE) FEBRIL
A juntar a sinais e sintomas anteriores, ele espirrou três vezes
seguidas. Com espalhafato. Embora contido.
Ela respigou. Contida, mas visivelmente. Ou oralmente, com resmungo.
E, em voz alta, carinhosa (não tanto como a que usa para o gato…), decidiu
“… ´tás com gripe… vamos ver a
febre…”.
Ele, enquanto metia o termómetro (não pelo lado que ela entendia ser o
certo…), foi ripostando:
“… não sinto febre… estou apenas constipado,
embora fortemente”.
E tossiu. Fortemente.
Sem mais palavras, passou o tempo necessário para a resposta do
termómetro.
Que ele se apressou a ler, vendo o mercúrio entre os 36,8 graus e os 36,9
graus.
“36 e 8… não tenho febre!”, proclamou
ele (um pouco) triunfalmente.
Ela pegou no termómetro, mirou-o, revirou-o com todo o cuidado, e concluiu:
“… mais para 36 e 9 que para 36 e
8… já se pode dizer que é febre… vais já para a cama, que eu levo-te um copo de
leite quente com mel e um Ben-Uron!”
Ele foi.
Está
melhorzinho. Da constipação…
1 comentário:
É bom quando me fazes rir!
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