SILÊNCIO? NUNCA EU!
Teriam sido
inúteis as dezenas de milhões de vítimas,
nos cercos e resistências,
nas batalhas de Stalinegrado e de
Leninegrado?
Para quê uma
foice, um martelo, uma estrela vermelha
no cimo do Bundestag?,
se tão pouco durou para tanto
sacrifício,
risco e sonho?
Porque é
feriado o 1º de Maio e o 8 de Março?
Para lembrar o quê?,
ou para esquecer em gozo de feriados?
Houve a
Comuna de Paris, o 5 de Outubro,
o 25 e o 2 de Abril?,
ou foi só 28 de Maio, 25 de Novembro
e quejandas maldatas?
Merece ser memória e memorial o campo da morte
no Tarrafal e outros lugares?,
e os massacres na Baixa do Cassanje,
em May Ly, e os por aí,
hoje?
À minha
minúscula escala, valeu a pena os curros,
a tortura, a prisão?,
as mortes a descerem à rua?
AH!,
VALEU!,
TUDO
VALEU A PENA!
Somos e
seremos o que lembrarmos e continuarmos,
Somos e
seremos o que não esquecermos
e não deixarmos esquecer:
todas as duras conquistas que foram…
e tantas ficam…
– algumas homem a homem, mulher a
mulher,
luta a luta –
que não conseguirão destruir,
de que
não arrancarão a semente
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Os aviões
dos Estados Unidos que vieram ”salvar a Europa”
chegaram a aterrar ou foram logo
logo logo “ajudar” Hiroshima e Nagasaqui?
Levantam,
como se magnânimos fossem, o cerco a Cuba?,
e Guantánamo fica onde e como?
Não!, não
quero uma versão parcial da História.
Quero-a com um mínimo de verdade
A bandeira
dos Estados Unidos – que só eu vi – estava a mais?
Não!, havia era outras a menos!
Ou nenhuma ou algumas…
… até aliadas contra a barbárie
vestida de suástica
Nunca só aquela. Visível e subliminar!
19.07.2015
Arabesque
e CineTeatro-Ourém
1 comentário:
Texto gritado, sofrido, lúcido e muito bem escrito.
E, claro, tens razão
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