(...)
Deitei-me
relativamente cedo com os olhos em estado a precisar de cuidados, isto é, de
gotas.
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Este
corpo não rejuvenesce!, isto é que é uma porra…
(...)
Entretanto,
estou a sentir as coisas a fugirem-me das mãos.
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Tanto
corpo sem cabeça, e esta cabeça a sentir o corpo a fugir-lhe.
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Vou
recuperar corpo para não perder a cabeça, perdão, pode ser o contrário não vou
perder a cabeça por não recuperar o corpo…
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…
mas o que é que é o contrário de quê?
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Esta
merecia ser escrita pelo José Rodrigues dos Santos, ou alguém por ele, nunca
(ou nanja?) por mim.
3 comentários:
Reflexões inteligentes sobre a inevitabilidade dos efeitos do tempo! Não somos amados pelos deuses, se o fôssemos teríamos morrido cedo...
As vossas palavras lembraram-me uma ideia de Gunnar Ekelöf: "Dá-me veneno para morrer ou sonhos para viver".
Felizmente, os sonhos não moram no corpo. E são um antídoto infalível para venenos mais fortes.
Um grande abraço.
Raquel
Palavras que me fez reflectir.
Mas mais importante que o corpo...é a cabeça. Coisa que JRS não tem, pois só tem corpo!
Bjs,
GR
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