Quando.
Quando
nem sei para onde me voltar.
Quando de todo o lado
me chegam sinais
(ou mais que sinais…)
de rejeição
(por vezes, escondidos, sabotando)
de projectos ou propostas minhas
ou a mim dirigidas;
ou a mim dirigidas;
ou descubro insinuações de que estou
com o prazo de validade expirado;
com o prazo de validade expirado;
ou interpreto implícitas certidões de óbito.
Que fazer?
Quando.
Quando
me sinto ilha deserta.
Quando só vejo mar e pontes abatidas,
E sufoco rodeado de gente por todo o lado,
que me mira com olhar estranho e de estrangeiro.
Ou se não sei que dizer que seja ouvido
e nada ouço que valha ouvir.
e nada ouço que valha ouvir.
Ou me pareço aquele da anedota
do único com o passo certo.
do único com o passo certo.
Como reagir?
Estrebucho.
Triste de não poder mais
e sem procurar Pasárgada.
e sem procurar Pasárgada.
Mas…
… só posso ter um modo – meu –:
é o de levantar a cabeça.
é o de levantar a cabeça.
É o de me mostrar (a mim!) que estou vivo.
Ainda!
E que este filho de sua mãe tentará
só estar morto e a arrefecer
só estar morto e a arrefecer
quando morrer.
Ou seja, que quer manter-se vivo
enquanto vivo estiver!
enquanto vivo estiver!
Mas o facto facto (e dele me orgulho)
é que nunca a nada me acomodei,
é que quis ajudar a transformar o mundo
– e continuo a querer !